Promotor
EGEAC, Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural
Sinopse
Mais do que um livro para crianças, Pinocchio, de Carlo Collodi é, essencialmente, um livro de todos, belo e terrível. São incontáveis as adaptações, os ensaios e os estudos dedicados ao texto desta história, cuja matriz tem suscitado variadíssimas interpretações de significado e, arriscaríamos, explorações filosóficas. A história de um tronco, depois feito boneco, que é manipulado no desejo de se cumprir enquanto pessoa, ressoa como uma alegoria clássica da condição humana e configura também um ritual de passagem do estado de criança ao estado adulto. Como num terror noturno, a odisseia de Pinocchio passa-se num ambiente surrealista, impreciso, moral e amoral, feito de cenários e marionetas, onde os adultos se representam por meio de formas animais, grotescas, informes e infantis. A companhia Primeiros Sintomas dá assim continuidade ao trabalho que tem desenvolvido na adaptação para cena de obras literárias. Fá-lo desta vez com um texto que, segundo Italo Calvino, devia ser memorizado palavra a palavra como se fosse um poema em verso.
Ficha Artística
encenação, tradução e adaptação: Bruno Bravo
cenário e figurinos: Stéphane Alberto
música: Sérgio Delgado
desenho de luz: Alexandre Costa
interpretação: António Mortágua e Carolina Salles
coprodução: Maria Matos Teatro Municipal
produção: Primeiros Sintomas
ilustração: Pedro Lourenço