Promotor
EGEAC, Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural
Sinopse
Quis o destino que esta trilogia raiasse a absoluta perfeição: em 2012, ocupámos a totalidade dos cantos e recantos do Teatro Maria Matos com as ideias musicais de John Cage no ano do seu centenário; dois anos depois, em 2014, os 100 anos de Sun Ra inspiraram Nuno Rebelo, Gala Drop, Bruno Pernadas e Mo Junkie para nos oferecerem estimulantes composições galácticas em estreia; e neste ano, não poderia haver melhor nome para celebrar mais um aniversário secular, um artista que cria pontes e relações tão distantes, e ao mesmo tempo tão próximas, com os outros dois génios norte-americanos que festejámos. Moondog poderá ser o menos conhecido desta trindade, mas a sua obra é igualmente revolucionária, criativa, idiossincrática e inspiradora. Foi também alguém com uma história de vida peculiar: cego desde a adolescência, Moondog ou Louis Hardin, chega a Nova Iorque em 1943, depois de punhado de estudos académicos e muito autodidatismo, para ocupar as esquinas da 6.ª Avenida, tornando-se um dos músicos mais conhecidos e iconográficos de Manhattan graças às suas longas barbas messiânicas e um ameaçador capacete viking. A sua música seria tão estranha e atraente como a sua imagem: inventou instrumentos, emitiu ritmos invulgares, citou culturas pouco comuns, compunha para orquestras, namorou a pop, e deixou uma enorme poesia no ar a uma comunidade, cada vez maior, em dívida para com as suas muitas geniais ideias musicais. Para celebrarmos este imenso legado, Filipe Melo e João Lobo criaram um super projeto, refazendo as suas composições com ajuda de muitos músicos conhecidos da nossa sala e de um inventivo ensemble de cordas e sopros. Nas vésperas do Natal, esta é a outra festa que nos irá unir a todos.
Ficha Artística
ilustração: Pedro Lourenço
Apresentação no âmbito da rede Create to Connect com o apoio do Programa Cultura da União Europeia